Cooperação produzirá visão detalhada das características das empresas que movimentam o maior fluxo comercial do Brasil
A Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex-MDIC) e o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) firmaram parceria para realização de um estudo inédito que busca detalhar o perfil socioeconômico do comércio entre os dois países. Memorando de Entendimento com esse objetivo foi assinado nesta segunda-feira (14/10), em Brasília, pela secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, e por Cláudia Trevisan, diretora executiva do CEBC.
O comércio bilateral alcançou cifras históricas em 2023, com a China se consolidando como o maior destino das exportações brasileiras e principal origem de importações. No ano passado, o comércio entre os dois países movimentou US$ 157 bilhões. A China respondeu por 31% do total exportado pelo Brasil em 2023, e por 23% das importações.
“Os grandes números são conhecidos, mas nós queremos saber mais sobre o perfil desse comércio, que tipo de emprego ele gera, quais os impactos na sociedade, qual sua relação com investimentos” afirma Tatiana Prazeres. “O estudo nos permitirá pensar políticas públicas que contribuam para enriquecer, ampliar e diversificar a relação comercial Brasil-China”.
Cláudia Trevisan também vê o estudo como uma ferramenta estratégica de planejamento. “A assinatura desse morando é extremamente importante. A China é o principal destino das exportações do Brasil e esse estudo vai ser uma oportunidade para a gente conhecer melhor essa relação e pensar no futuro, em quais estratégias a gente pode adotar para sofisticar mais e melhorar a relação bilateral”.
Do ponto de vista das empresas, a China representa tanto um mercado vasto quanto um desafio competitivo. As exportações brasileiras para o país asiático, impulsionadas por commodities como soja, minério de ferro e petróleo, têm desempenhado um papel fundamental no superávit comercial do Brasil, que registrou US$ 98 bilhões em 2023.
Ao mesmo tempo, há um crescente esforço para diversificar a pauta de exportação e incluir produtos de maior valor agregado, como máquinas agrícolas, alimentos processados e bens de consumo.
As recentes visitas oficiais à China, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, em 2023 e 2024, são parte desse esforço.
Objetivo da Cooperação
A parceria firmada entre MDIC e CEBC prevê a publicação de relatórios e estudos, com dados e análises que permitirão melhor entendimento sobre as dinâmicas econômicas entre os países. A análise do perfil do mercado de trabalho das firmas participantes no comércio bilateral deverá ser publicada no primeiro semestre de 2025.
O CEBC, fundado em 2004, atua como um dos principais interlocutores entre empresas brasileiras e chinesas, promovendo diálogos estratégicos e oportunidades de negócios.
Fonte Internet: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, 14/10/2024