Alckmin destaca potenciais de descarbonização a empresários japoneses

Presidente em exercício destacou importância da relação comercial entre os dois países e ressaltou que há um caminho para a realização de acordo Mercosul-Japão

A relação comercial entre Brasil e Japão vem se fortalecendo nos últimos anos. No final de março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, assinaram vários acordos estratégicos, entre eles dois nas áreas de transição energética e integração industrial.

Dando prosseguimento a essa relação que já dura mais de 130 anos, o presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, recebeu nesta quarta-feira (9), um documento do Grupo de Notáveis (Wise Group) para uma Parceria Econômica Estratégica Brasil-Japão, com uma série de sugestões para o estreitamento das relações.

No encontro realizado no MDIC, o ministro Geraldo Alckmin ressaltou o entusiasmo do presidente Lula ao voltar de missão ao Japão. “A viagem do presidente Lula foi muito proveitosa, vários memorandos foram assinados. O BNDES explicitou a parceria para investimentos e já se avançou também na possibilidade de comércio exterior com a carne bovina do Brasil”, destacou.

O ministro do MDIC também citou o acordo Mercosul-União Europeia, aprovado em dezembro do ano passado, e salientou que há um caminho para trabalhar o acordo do bloco sul-americano com o Japão.

Ao grupo, liderado pelo empresário Eduardo Eugênio Gouveia Vieira, que preside a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, e por Masami Ijima, Conselheiro da Mitsui, Alckmin destacou oportunidades a serem criadas diante da parceria para intensificar iniciativas relacionadas à economia verde e tecnologias sustentáveis, como o potencial de descarbonização do setor automotivo brasileiro, que já anunciou R$ 130 bilhões de investimentos no Brasil nos próximos anos, estimulados pelo programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação), e citou os investimentos da Toyota no Brasil.

“Iremos para 30% de etanol na gasolina, e poderemos chegar a 35%. E 90% da frota brasileira é motor flex (etanol e gasolina). Quero destacar a Toyota, a maior indústria automotiva do mundo, que está fazendo no Brasil um grande investimento. Antes de o presidente Lula ir ao Japão, nós estivemos juntos lá em Sorocaba (SP) na nova planta, a nova indústria do híbrido-flex, que é o que mais descarboniza”, disse Alckmin, ao destacar que a indústria automotiva brasileira cresceu 9,7% em 2024, enquanto no mundo o crescimento do setor foi de 2%.

Transição energética

O Brasil se destaca no cenário mundial por sua matriz energética renovável e conta com a Nova Indústria Brasil (NIB) entre outras políticas criadas para impulsionar a sustentabilidade com foco em bioeconomia, descarbonização e segurança energética.

“Temos inúmeras possibilidades na questão de descarbonização. O etanol, o hidrogênio de baixo carbono, o SAF (Combustível Sustentável para Aviação), o biogás. Como nós temos a energia elétrica mais renovável, 90% renovável, então a gente pode fazer o hidrogênio de baixo carbono”, pontuou.

O setor de data centers também desponta como uma grande possibilidade de investimento no Brasil por causa da energia barata e renovável, em está alinhado com o enfrentamento do aquecimento global. “O Brasil tem compromisso com o combate às mudanças climáticas. Energia mais limpa e renovável, combustível mais limpo. O desmatamento caiu mais de 50%, e a meta é desmatamento ilegal zero e recompor partes da floresta com o fundo do clima”, acrescentou Alckmin.

Fonte Internet: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; 09/04/2025  

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Foto de Redação Abece

Redação Abece

Associação Brasileira de Empresas de Comércio Exterior

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