Balança Comercial Brasileira – Setembro 2024


Em Setembro/2024, comparado a igual mês do ano anterior, as exportações cresceram 0,3% e somaram US$ 28,79 bilhões. As importações cresceram 19,9% e totalizaram US$ 23,43 bilhões. Assim, a balança comercial registrou superávit de US$ 5,36 bilhões , com queda de -41,6%, e a corrente de comércio aumentou 8,2%, alcançando US$ 52,21 bilhões.

No acumulado Janeiro/Setembro 2024, em comparação a igual período do ano anterior, as exportações cresceram 0,8% e somaram US$ 255,46 bilhões. As importações cresceram 8,0% e totalizaram US$ 196,34 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 59,12 bilhões , com queda de -17,4%, e a corrente de comércio registrou aumento de 3,8%, atingindo US$ 451,79 bilhões.

Setores e Produtos

Exportações – Mensal

Em Setembro/2024, o desempenho dos setores foi o seguinte: queda de -12,1% em Agropecuária, que somou US$ 5,75 bilhões; queda de -19,8% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 6,22 bilhões e, por fim, crescimento de 16,8% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 16,61 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.

A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos ( 93,4%), Café não torrado (86,6%) e Sementes oleaginosas de girassol, gergelim, canola, algodão e outras (167,6%) na Agropecuária; Fertilizantes brutos (exceto adubos) (113,4%), Pedra, areia e cascalho ( 43,0%) e Minérios de alumínio e seus concentrados ( 86,0%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada ( 28,4%), Celulose (61,2%) e Veículos automóveis de passageiros (106,3%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos registraram diminuição nas vendas: Milho não moído, exceto milho doce (-36,1%), Soja (-21,2%) e Algodão em bruto (-13,1%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (-54,2%), Minério de ferro e seus concentrados (-10,8%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-25,8%) na Indústria Extrativa ; Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (-10,7%), Gorduras e óleos vegetais, “soft”, bruto, refinado ou fracionado (-44,0%) e Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-26,5%) na Indústria de Transformação.

Acumulado no Ano

No acumulado Janeiro/Setembro 2024, em comparação com igual período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: queda de -8,4% em Agropecuária, que somou US$ 58,49 bilhões; crescimento de 10,6% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 62,30 bilhões e, por fim, crescimento de 1,5% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 133,42 bilhões. A associação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.

Esta conjuntura de crescimento nas exportações foi influenciada pelo crescimento das vendas nos seguintes produtos: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (43,5%), Café não torrado (53%) e Algodão em bruto (138,1%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (6,4%), Minérios de cobre e seus concentrados (18,6%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (14,3%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (21,3%), Açúcares e melaços (35,9%) e Celulose (29,6%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Arroz com casca, paddy ou em bruto (-56,7%), Milho não moído, exceto milho doce (-41,6%) e Soja (-14,5%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (-27,6%), Minérios de níquel e seus concentrados (-23,5%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base (-32,3%) na Indústria Extrativa ; Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (-14,8%), Gorduras e óleos vegetais, “soft”, bruto, refinado ou fracionado (-52,6%) e Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-21,6%) na Indústria de Transformação.

Importações – Mensal

Em Setembro/2024, o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: crescimento de 18,9% em Agropecuária, que somou US$ 0,46 bilhões; crescimento de 45,9% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 1,55 bilhões e, por fim, crescimento de 18,5% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 21,24 bilhões. A combinação destes resultados motivou ao aumento das importações.

O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos ( 30,9%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (20,3%) e Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais ( 61,1%) na Agropecuária; Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado ( 68,6%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( 5,1%) e Gás natural, liquefeito ou não (277,1%) na Indústria Extrativa ; Compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas ( 43,2%), Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) ( 22,7%) e Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (111,2%) na Indústria de Transformação.

Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Milho não moído, exceto milho doce ( -17,3%), Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (-29,7%) e Soja ( -58,5%) na Agropecuária; Fertilizantes brutos (exceto adubos) (-35,8%), Pedra, areia e cascalho ( -1,2%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base (-12,0%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) ( -4,3%), Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores ( -6,2%) e Veículos automóveis de passageiros (-12,0%) na Indústria de Transformação.

Acumulado no Ano

No acumulado Janeiro/Setembro 2024, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: crescimento de 25,6% em Agropecuária, que somou US$ 4,29 bilhões; expansão de 3,4% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 12,76 bilhões e crescimento de 8,1% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 177,97 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das importações.

Esta conjuntura de crescimento nas importações foi influenciada pelo crescimento das compras dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos (24,7%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (36,8%) e Soja (407,3%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (6,3%), Minérios de níquel e seus concentrados (57,9%) e Gás natural, liquefeito ou não (111,5%) na Indústria Extrativa ; Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) (26,5%), Veículos automóveis de passageiros (72,7%) e Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (50,5%) na Indústria de Transformação.

Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Cevada, não moída (-10,8%), Café não torrado (-75,5%) e Cacau em bruto ou torrado (-7,4%) na Agropecuária; Minérios de cobre e seus concentrados (-100%), Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-18,9%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-2,1%) na Indústria Extrativa ; Coques e semi-coques, incluindo resíduos de hulha, de linhita ou de turfa, e carvão de retorta (-41,2%), Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-7%) e Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (-8,7%) na Indústria de Transformação.

Principais Parceiros Comerciais

Argentina

As exportações para a Argentina, no mês de Setembro/2024, cresceram 25,4% e somaram US$ 1,45 bilhões. As importações aumentaram 29,2% e totalizaram US$ 1,27 bilhões. Logo, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 0,18 bilhões e a corrente de comércio aumentou 27,1% alcançando US$ 2,73 bilhões.

No período acumulado de Janeiro/Setembro 2024, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para a Argentina caíram -29,2% e atingiram US$ 9,66 bilhões. As importações cresceram 7,3% e chegaram US$ 9,71 bilhões. Com isto, neste período, a balança comercial para este país apresentou saldo negativo de US$ -0,05 bilhões e a corrente de comércio reduziu-se em -14,6% totalizando US$ 19,37 bilhões.

China, Hong Kong e Macau

As exportações para a China, Hong Kong e Macau no mês de Setembro/2024, caíram -20,4% e somaram US$ 7,71 bilhões. As importações aumentaram 19,8% e totalizaram US$ 5,85 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 1,85 bilhões e a corrente de comércio diminuiu -6,9% alcançando US$ 13,56 bilhões.

No período de Janeiro/Setembro 2024, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para China, Hong Kong e Macau caíram -0,9% e atingiram US$ 77,84 bilhões. As importações cresceram 17,3% e totalizaram US$ 47,08 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial apresentou superávit de US$ 30,76 bilhões e a corrente de comércio expandiu-se em 5,3% somando US$ 124,92 bilhões.

Estados Unidos

As exportações para os Estados Unidos, em Setembro/2024, cresceram 5,5% e somaram US$ 3,26 bilhões. As importações aumentaram 41,8% e chegaram a US$ 3,80 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial resultou num déficit de US$ -0,54 bilhões e a corrente de comércio registrou aumento de 22,4% alcançando US$ 7,07 bilhões.

No acumulado de Janeiro/Setembro 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior, as exportações para os Estados Unidos cresceram 10,3% e atingiram US$ 29,44 bilhões. As importações cresceram 6,2% e totalizaram US$ 30,70 bilhões. Dessa forma, neste período, a balança comercial para este país apresentou déficit de US$ -1,26 bilhões e a corrente de comércio aumentou 8,2% chegando a US$ 60,14 bilhões.

União Europeia

As vendas para a União Europeia, cresceram 5,5% e chegaram US$ 4,08 bilhões. As importações aumentaram 17,0% e totalizaram US$ 4,01 bilhões. Assim, a balança comercial com este bloco resultou num superávit de US$ 0,07 bilhões e a corrente de comércio aumentou 10,9% alcançando US$ 8,09 bilhões.

No período acumulado de Janeiro/Setembro 2024, em relação a igual período do ano anterior, as exportações para a União Europeia cresceram 4,9% e atingiram US$ 36,02 bilhões. As importações cresceram 3,1% e totalizaram US$ 36,06 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial com este bloco comercial apresentou déficit de US$ -0,03 bilhões e a corrente de comércio aumentou 4,0% somando US$ 72,08 bilhões.

Anexo: Nota Complementar – Balança Comercial Brasileira – Setembro 2024

Nota.pdf (economia.gov.br)

Fonte Internet: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, 04/10/2024

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Redação Abece

Associação Brasileira de Empresas de Comércio Exterior

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