ASEAN emerge como um dos principais destinos das exportações brasileiras (Sudeste Asiático)

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Nestsa segunda-feira (18/03), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) deu sequência a seu giro da Inteligência de Mercado pelo continente asiático e lançou dois estudos, os perfis de comércio e investimentos ASEAN e Vietnã. Os perfis de comércio e investimentos trazem os principais dados macroeconômicos do bloco ou do país em foco, além de uma análise rápida e detalhada das tendências de comércio e investimentos e das principais oportunidades de exportação. Confira!

Criada em 8 de agosto de 1967, a ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) é integrada, atualmente, por Brunei Darussalam, Camboja, Singapura, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Tailândia e Vietnã. Os principais objetivos dessa organização são acelerar o crescimento econômico, o progresso social e o desenvolvimento cultural na região e promover a estabilidade e a paz entre seus países-membros.

Com um PIB agregado de US$ 3,8 trilhões e uma população de 682 milhões, a ASEAN cresce, há décadas, como nenhuma outra região do mundo, o que tem impulsionado as relações econômicas com o Brasil. Em 2023, a ASEAN foi, como conjunto, o terceiro principal destino das exportações brasileiras, à frente do MERCOSUL, e o sexto maior fornecedor do Brasil.  No último ano, as exportações chegaram a US$ 24,4 bilhões, com destaque para petróleo, minério de ferro e bens agrícolas.

Entre 2019 e 2023 as vendas brasileiras para a ASEAN tiveram crescimento médio anual de 19,8%,  taxa superior ao crescimento médio anual do valor total exportado pelo Brasil nesse período (11,3%), o que indica que o bloco tem ganhado destaque e relevância estratégica no comércio exterior brasileiro.

Conforme indicado pelo estudo, os países da ASEAN apresentam mais de 2.000 oportunidades de exportação para produtos brasileiros em setores diversos, incluindo:

· Combustíveis minerais, lubrificantes e materiais relacionados (destaques: óleos brutos e combustíveis de petróleo);

· Produtos alimentícios e animais vivos (destaques: trigo e centeio, farelos de soja, açúcar, carne bovina);

· Matérias em bruto, não comestíveis, exceto combustíveis (destaques : algodão em bruto, soja, minérios variados);

· Artigos manufaturados, classificados principalmente pelo material (destaques : produtos de ferro ou de aço, papel e cartão, pneus); e

· Outros (destaques : produtos químicos, aeronaves, automóveis).

 

O estoque de Investimento Externo Direto (IED) da ASEAN no mundo tem uma distribuição muito heterogênea em relação aos países de origem. Singapura é o país que mais tem IED no mundo, entre os membros da ASEAN, com mais de 73% do valor investido pelo bloco econômico. O país também é o principal investidor da ASEAN no Brasil.

Na perspectiva dos investimentos greenfield anunciados mais recentemente, destacam-se os projetos da OLAM (Singapura), que em 2023 anunciou a abertura de uma fábrica de cafés solúveis em Linhares, ES, com valor estimado de US$ 206 milhões e a criação de 270 empregos; a abertura de uma fábrica de produtos de potássio pela Verde Agritech (Singapura) em São Gotardo, MG em 2022, no valor estimado de US$ 54,3 milhões; e a abertura de duas unidades da Summit Hotels (Tailândia) em Pouso Alegre e Lambari, MG, com investimento estimado de US$ 47,4 milhões e geração de 200 empregos nas duas unidades.

O Perfil de Comércio e Investimentos ASEAN  traz ainda uma seção com informações mais detalhadas sobre os acordos comerciais do bloco, inclusive sobre a assinatura de um acordo comercial entre Mercosul e Singapura. Para ter acesso a todas essas informações, clique aqui.

Entre os membros da ASEAN, o Vietnã tem - se destacado pelo rápido desenvolvimento nos últimos anos. Nos próximos anos, o país também deve se beneficiar do redirecionamento de operações de multinacionais do mercado chinês, no que se tem chamado de estratégia China + 1. O crescimento previsto deverá fortalecer sua industrialização e acelerar a migração da população rural para os centros urbanos, aumentando a renda média e o consumo.

Com população prevista de 100 milhões em 2025, o país poderá ter oportunidades para diversas exportações brasileiras, especialmente de alimentos e bebidas. O Mapa de Oportunidades da ApexBrasil identifica 278 produtos com oportunidades de exportação para o Vietnã, incluindo petróleo, algodão, couro, laminados de ferro e aço, trigo, soja, carne bovina, madeira, plásticos, automóveis e defensivos agrícolas.

Em termos de comércio exterior com o Brasil, nosso país exportou o equivalente a US$ 3,7 bilhões em 2023, sendo que a pauta exportadora foi composta, principalmente, de commodities, com destaque para milho, farelos de soja, soja e algodão em bruto, que foram responsáveis por mais de 75% desse valor. Em 2022, último ano para o qual há dados disponíveis sobre a participação brasileira no mercado vietnamita, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de milho e de farelos de soja, e líder nas vendas de soja para o Vietnã.

Do lado das importações, o Vietnã destacou-se, em 2023, como a principal origem das importações brasileiras vindas do Sudeste Asiático. O país liderou as vendas de calçados para o Brasil e foi nosso segundo maior fornecedor de equipamentos de telecomunicações, atrás apenas da China.

Revelando a crescente importância do mercado vietnamita, empresas brasileiras têm  buscado o país. Em relação aos investimentos greenfield brasileiros anunciados no Vietnã, nos últimos anos, a JBS Couros anunciou a expansão da sua planta em Ho Chi Minh em 2018, assim como a abertura de um showroom na mesma cidade, em 2019, com investimentos de cerca de US$ 16,7 milhões. Já a Asia Shipping, empresa de logística e transporte com sede em Campinas, SP, anunciou a abertura de um escritório de transporte de cargas também na cidade de Ho Chi Minh, em dezembro de 2015, com um valor estimado de mais de US$ 43 milhões.

Para acessar o estudo completo e ter mais informações, clique aqui.  

Fonte Internet: ApexBrasil, 19/03/2024